ICC revela queda de 0,4% na confiança do consumidor

Desempenho do indicador passou de 111,4 pontos em julho para 111,0 pontos em agosto

O humor do consumidor voltou a mostrar sinais negativos. É o que revela o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que caiu 0,4% em agosto em relação a julho, na série com ajuste sazonal. A taxa, informada nesta quarta-feira, 25, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é bem menor que a apurada no mês passado.
A FGV revisou a taxa positiva do ICC de julho, em relação a junho, de 2,8% para 2,9%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos, passou de 111,4 pontos em julho para 111,0 pontos em agosto. Segundo a Agência Estado quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor.
Em seu informe, a FGV disse que o resultado de agosto "pode ser interpretado como uma acomodação em novo patamar, após cinco meses seguidos de crescimento". Ainda segundo a instituição, o nível do ICC deste mês é ainda superior ao de sua média histórica (de 107 pontos) e ao nível de agosto do ano passado, quando atingiu 108,2 pontos (sem ajuste).
O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou alta de 2,3% em agosto, após avançar 2,9% em julho; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou queda de 1,7% esse mês, em comparação com a alta de 2,8% em julho. Os dados de julho desses dois índices também foram atualizados pela FGV e apresentavam, respectivamente, taxas positivas de 2,8% e de 2,9% no mês passado.
Ainda segundo a FGV, o ICC subiu 1,9% em agosto, na comparação com igual mês do ano passado. Em julho, o ICC apresentou elevação de 6,4% nessa mesma base de comparação. O levantamento abrange uma amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais. As entrevistas foram feitas entre os dias 3 e 20 de agosto.
A maior contribuição da taxa negativa de 0,4% para o ICC de agosto em relação a julho está ligada às respostas pessimistas do consumidor quanto ao futuro da economia brasileira nos próximos meses. Segundo a FGV, o porcentual de consumidores entrevistados que preveem melhora na economia nos próximos seis meses caiu de 31,7% para 29,7%. No mesmo período, a parcela dos que projetam piora subiu de 13,5% para 14,0%.

Comentários