Mesmo com o bom desempenho das carnes e cereais, que aumentaram de 1,2% e 21,3%, respectivamente, o valor das exportações do Agronegócio gaúcho encerrou novembro com queda de 13,2% em comparação com outubro de 2017, o que equivale a US$ 139 milhões. O volume comercializado também foi menor, registrando uma redução de 25,5%. O Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, nesta-terça-feira, 12, aponta que a soja (-18,3%), o fumo (19,6%) e produtos florestais (43%) foram os principais responsáveis pelo saldo negativo.

Independentemente da queda, o setor se mantém como o principal exportador do Estado, respondendo por 63% do US$ 1,426 bilhão comercializados. Em sua totalidade, o Agronegócio embarcou 1,188 milhão de toneladas, tendo um saldo da balança comercial de US$ 855 milhões. Em comparação com outubro do ano passado, houve um aumento de 22,9%, diferença de US$ 169 milhões. A soja teve influência significativa no desempenho do setor, com crescimentos de 125% no valor e de 150% no volume comercializado. Cereais (100,9%), sob influência do arroz, fumo (8,4%) e carnes (5,2%) também. Apenas produtos florestais apresentaram queda (-62,8%).

No acumulado do ano, o setor de Agronegócio do Estado atingiu US$ 10,522 bilhões comercializados, um aumento de 2,03% em relação ao mesmo período de 2016 (diferença de US$ 209 milhões). A soja chegou a US$ 5,065 bilhões, um crescimento de 8,8%. Também tiveram resultados positivos cereais (2,7%), frutas (75%), carnes (4,6%), enquanto fumo (-4,2%) e produtos florestais (-23,9%) registraram resultado inverso. A China segue sendo o principal destino dos produtos gaúchos, respondendo por 44% do total dos embarques. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com 3,9%, e, em terceiro, a Rússia, com 3,3%.