Os cursos 'Reportagem em TV' e "Programa de Entrevistas', que serão promovidos pela ColetivaEAC, a partir de março, prometem trabalhar conceitos que vão além da técnica televisiva. "Ser repórter é muito mais que segurar um microfone, falar bem e ficar bonito no vídeo", afirma o ministrante Ricardo Azeredo, ex-presidente da TVE e ex-correspondente da TV Globo na Região Sul. Jornalista com 26 anos de experiência e passagem pelas principais emissoras do Estado e do País, ele destaca a importância de o profissional ser lapidado como "pessoa plena, consciente da sua missão e dos estragos que pode provocar se não adotar uma postura adequada do ponto de vista da sua formação pessoal, não só acadêmica".
O objetivo é levar aos estudantes de comunicação e aos profissionais iniciantes (ou não) conceitos ligados à prática da reportagem. Para Azeredo, este aprendizado fica em segundo plano nas universidades devido ao maior peso da teoria e à falta de professores com larga experiência na área. Nos veículos, o motivo seria o próprio ritmo de trabalho, já que os novatos mal começam e já que caem direto no "calor da batalha". "Sem orientações sobre aspectos como atitude, postura pessoal e formas de abordagem, ocorrem problemas na formação inicial e no resultado do trabalho", explica.
Azeredo também conta que, como professor de Jornalismo, sempre insistiu muito na formação da pessoa e do cidadão. Para ele, esta é a grande diferença entre os profissionais, que lotam o mercado de trabalho. "Jornalistas consistentes e que se destacam verdadeiramente são aqueles que buscam permanentemente o aperfeiçoamento pessoal nos mais variados campos, o que inclui a ética e a atitude pessoal frente a tudo e a todos."
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