Agência ou consultoria? Que valor cada uma pode entregar a marcas e empresas? Este foi o ponto de partida do painel que reuniu Frank Meyla, sócio da KPMG no Brasil e responsável pela liderança da prática digital, e Tiago Ritter, CEO e fundador da W3haus, no FIC 2017 - Festival de Interatividade e Comunicação. Com mediação de Marcio Coelho, fundador da Brivia Digital Branding, os convidados debateram como agências e consultorias podem orquestrar experiências.

Diante da visão de que agências estão perdendo a relevância porque consultorias conseguem ter um nível de entrada maior no negócio do cliente, Tiago foi categórico. "Daqui, sairão mais perguntas do que respostas. A primeira pergunta é voltar à nossa essência: onde está nosso papel?". Ele lembrou que as agências existem para ajudar as marcas a venderem mais e isso é feito criando relacionamentos, conectando-se no contexto e no meio em que os clientes estão, e definindo a melhor ferramenta. "Se tem uma consultoria que consegue fazer isso de forma mais interessante que a gente faz, essa é a mesma briga de Uber e taxistas", resumiu.

Frank, por sua vez, reforçou o modelo de transformação constante aplicado pelas consultorias. "Toda consultoria como a  KPMG se não se transforma corriqueiramente, ela perde relevância no mercado. Tudo que a gente faz hoje tem os clientes como foco", afirmou. Para ele, o papel de empresas que operam neste formato é identificar necessidades e indicar parceiros que atendam a elas. "Para nós, é muito claro que nós não temos todas as competências e, talvez, nunca teremos", afirmou.

O evento seguiu com a participação do público, através de perguntas. Ao conduzir a mediação, Marcio Coelho reforçou: "Talvez, as agências precisem voltar a se aproximar do negócio do cliente e então é preciso definir como saber qual é a melhor estratégia".