Devido ao baixo número de participantes do 2º Congresso Gaúcho de Agências de Publicidade, o painel do início da tarde com as principais lideranças dos pólos econômicos do Rio Grande do Sul transformou-se numa roda de  discussão sobre "por que o evento foi um fracasso". Foi o que disse o presidente da Abap/RS (Associação Brasileira de Agências de Propaganda), Diki Schertel, ao sugerir o debate. "O número de participantes mostra que nós não temos força, não temos condições de mobilização enquanto entidades," indignou-se.

Entre os problemas levantados pelos participantes, estão a falta de credibilidade nas entidades, a concorrência entre os publicitários e a falta de comunicação e articulação entre os profissionais do mercado. "Somos publicitários, temos visão das coisas e não conseguimos enxergar que a união faz a força. Só vamos resolver os problemas do mercado quando nos unirmos", desabafou Diki Schertel.

Segundo o diretor executivo do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), João Antônio Moraes, se o evento tivesse a participação de 20% das agências do interior seria um sucesso. "Há 30 anos atrás, o mercado tinha lideranças, os profissionais eram guerreiros e brigavam pela profissão, não por suas agências. A nova geração não tem a mesma garra e a mesma vontade de lutar", constatou Moraes.

O evento deverá continuar com o mestre em Comunicação Dado Schneider. Ele vai falar sobre ?A era do ficar sacrifica as agências? Existe uma saída??. A palestra está prevista para as 16h30.