João Livi diz que o novo não existe se não jogarmos fora as coisas do passado

E ser bem sucedido é estar no topo da lista de desejo das pessoas

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A palestra de abertura desta sexta-feira, 5, último dia do Festival, começou com atraso de horário, mas não de idéias. O publicitário João Livi, falou sobre o tema 'Vanguarda Criativa' e destacou que o meio publicitário está vivendo um dos seus melhores momentos. "O melhor lugar para o meio publicitário é o aqui, agora, mas não para fazer a mesma coisa que há 10 anos", afirma.
A mídia, segundo João, teve um crescimento nos últimos anos. "Enquanto a internet cresceu 44%, a televisão obteve um crescimento de 12% e isto significa que as pessoas estão aumentando seu conteúdo de comunicação", aponta. De acordo com ele, o Brasil hoje tem quase 60 mil anuncintes. "Um pouco disso, é o efeito da multiplicação da mídia, pois o Brasil não é um país maduro em comunicação. A propaganda no país corresponde hoje 1% do PIB", explicou.
O publicitário afirmou que o novo não existe se não jogarmos fora as coisas do passado. "Estamos fazendo coisas para a época do pós-consumo, onde seu concorrente é todo mundo e não mais quem produz o mesmo que você, e o único jeito de ser bem sucedido é estar no topo da lista de desejo das pessoas. Não é mais brigar com seus concorrentes, o negócio é ficar no topo da lista de desejo, comparados a todos os outros desejos que as pessoas podem ter", completa.
Conforme ele, a atitude de marca é mais importante do que discurso de marca, pois as pessoas não compram mais produtos, mas sim as sensações que a compra destes produtos proporcionam. "As pessoas compram a sensação de serem percebidas com o que estão comprando. Não é no produto que elas estão interessadas, mas no interesse de se fazer algo por elas".
O discurso atual das empresas, de acordo com o publicitário, é a inovação, mas a maioria das empresas não tem inovação e maquiam esta imagem. "As pessoas não sabem o que elas querem você é que tem que dizer o que elas querem, mas para isso não é necessário um pré-teste, que é um instrumento contrário da inovação. O cliente precisa confiar plenamente na sua agência de publicidade, a fim de que o que tiver que ser apresentado seja conhecido depois que já estiver feito", conclui.

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