Comunicação pode ajudar na inclusão social

Convidados falam sobre transformar experiências negativas em projetos que ajudam na inclusão social

Para falar sobre a premissa Be part - Faça parte, o Vox trouxe personagens que transformaram experiências negativas em projetos que ajudam na inclusão social. O apresentador Luciano Huck, da Rede Globo, conduziu a conversa entre Rene Silva, fundador do jornal Voz da Comunidade; Igor Rocha, agente penitenciário; e Emerson Ferreira, ex-detento que se tornou ativista e hoje participa do AfroReggae e estuda Psicologia. "Nos 20 anos em que faço o Caldeirão (do Huck), sempre gostei de ouvir. Gosto de fazer televisão que deixe rastros, que tenha legado", afirmou, ao introduzir o tema.
Jovem morador do Complexo do Alemão, Rene ganhou visibilidade nacional e internacional ao narrar pelo Twitter o processo de pacificação da favela e diz que não se sente representado pela grande mídia. Foi para dar espaço a problemas sociais que atingem a população do local que criou o Voz da Comunidade. "Acho que o Voz da Comunidade melhorou a vida dos habitantes do Alemão e também melhorou a visão da grande mídia, que passou a reproduzir isso e dar voz à comunidade das favelas, colaborando pra mudanças na comunicação.
Educador e agente penitenciário, Igor Rocha criou o Grupo Teatral Do Lado de Cá, na Penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos, que abriga 2 mil detentos.  Tudo começou com o desafio aos presos de dançar balé, ideia que foi rejeitada por eles. Mas Igor conseguiu conquistar a confiança dos presos: "Às vezes, se precisa de carinho", diz, destacando a importância de apoio.
Emerson foi traficante, ficou detido por quase cinco anos e saiu da prisão um ativista. "A televisão me vendeu um sonho que era irreal pra mim. Tomei caminhos errados para conquistar aquilo que não era para o meu lar", afirma, ao se dizer não representado pela grande mídia.

Luciano, Rene, Igor e Emerson | Crédito: Karen Vidaleti

Luciano, Rene, Igor e Emerson | Crédito: Karen Vidaleti


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