Palestrantes ressaltam a importância do planejamento e pesquisa em tempos de crise

Para Rony Rodrigues, o grande diferencial é vivenciar o perfil do público que se pretende atingir

O segundo painel do dia, sobre o tema "Inovação e Criatividade em Pesquisa, Planejamento e Ações: Perestroika", contou com a participação do publicitário Rony Rodrigues, fundador e diretor de Projetos Especiais da Box 1824, e do empresário Paulo Secches, da Officina Sophia, que destacaram o planejamento e a pesquisa como um das principais ferramentas da publicidade.


De acordo com Rony, a pesquisa surgiu com um conceito para trazer uma nova estruturação na publicidade, a fim de se chegar a uma tendência. "Para chegarmos a uma tendência de mercado precisamos passar por algumas pesquisas como: a captação de sinais, onde se estuda desde o comportamento até as novas tecnologias e, o estudo do consumidor, onde a observação participativa é um diferencial", afirma. Segundo ele, o grande diferencial é vivenciar o perfil do público que se pretende atingir. "É necessário identificar como as pessoas reagem frente à pressão da vida moderna, pois as grandes tendências são movimentos lentos", destaca. O publicitário ressaltou ainda que a internet está contribuindo cada vez mais com o universo da pesquisa, pois possibilita um novo olhar para este universo.


Já o empresário Paulo Secches destacou a pesquisa como uma ferramenta que possibilita estudar o comportamento do indivíduo, a partir da ótica das mais diferentes ciências. "A característica do ser humano é a irracionalidade, então temos que olhar o indivíduo por trás de consumidores, e estudarmos como eles reagem a determinadas situações, oferecendo, por exemplo, oportunidades de mercado em momentos de crise", explica.


Conforme o empresário, as necessidades dentro de um ambiente de crise podem ser supridas se forem identificados os diferentes segmentos de indivíduos e isto se consegue a partir de uma pesquisa comportamental e individual. "Segmentamos os indivíduos e encontramos cinco grupos que são: "A vida é bela", que possui propensão ao consumo e vive o hoje; o grupo da "Vida sob controle", que é mais racional e se prepara para o futuro; o "Ops! Cuidado", que possui posição otimista para o futuro, mas seu comportamento é cauteloso com os gastos; o "Óh, Céus! Óh, Vida!" que restringe o consumo diante da crise e os "Utilitaristas", que restringe seu consumo total diante de situações de crise", afirma.


O maior desafio das empresas, conforme Paulo, é repensar o que vão fazer e conhecer quem são as pessoas com as quais elas querem falar, e não como consumidores. "As empresas gastam muitas vezes recursos de mídias falando com segmentos que não trazem retorno, por isto é tão importante uma pesquisa para conhecer o indivíduo", completa. 

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