A ideia é que o sotaque gaúcho com inspiração brasileira e logística cosmopolita dê o tom ao Brazilian Soirée - ou a Noite Brasileira - durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O evento, que tem produção da Capacità Eventos, está marcado para este sábado, 28. Este espaço é ocupado a cada ano por um país diferente - em 2011, foi da Índia.
Na vez do Brasil, a diretora da Capacità, Eliana Azeredo, conta com diversos profissionais que tiveram a missão de "não se deixaram prender por preconceitos ou ideias fáceis sobre o Brasil". Um deles, o arquiteto e diretor de arte Vicente Saldanha, explica: "Trabalhamos um imaginário brasileiro bem vasto, tomamos as texturas, as cores, os ritmos, os cheiros, nossa completa e magnifica produção artística e arquitetônica como referências-base para toda a concepção espacial". Seguindo referências de Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão, o verde, o azul e o amarelo, escolhidos por remeterem à bandeira nacional, permearão o espaço que mostrará, durante a realização de um jantar, toda a diversidade do Brasil.
Eliana e Vicente idealizaram três espaços distintos: um lobby de acesso, um salão principal (chamado de Plenary room) e uma piscina de quatro metros de profundidade, que, fechada, se transforma em um terceiro ambiente. A cortina, que fecha o palco, é um mosaico costurado com mais de 10.000 fuxicos, executados pelas ONGs porto-alegrenses A.M.A.R. a Vida (Associação Mundial de Amor e Respeito à Vida), Casa Brasil Porto Alegre e Cerpoa (Cooperativa de Ensino do Reciclador de Porto Alegre).
Já o roteirista e diretor de cena da produtora Estação Elétrica, Rene Goya Filho, propõe uma experiência sensorial por meio da música, com sincretismo, movimento e diversidade, mostrados pela Bossa Nova. Outro destaque são os sons regionais, desde samba, forró, baião, gafieira e pagode, passando pela festa junina, até vaneirão. Em sincronia com a música, bailarinos do Corpo Brasileiro de Dança, mestres de capoeira e dançarinos estarão espalhados pelos ambientes.
No comando do jantar estará a chef gaúcha Neka Menna Barreto. Ela concebeu jardins tropicais comestíveis cobertos de quitutes brasileiros. "Esse caleidoscópio todo constitui um dos maiores desafios da Capacità até hoje", analisa Eliana Azeredo.