Luciano Pires provoca ao falar sobre ética no Fórum CIEE Band de Ideias

Terceira edição do evento reuniu empresários, estudantes, representantes de entidades e comunicadores na manhã desta quinta-feira

O escritor e cartunista paulista Luciano Pires gerou diversas provocações ao apresentar conceitos de ética na terceira edição do Fórum CIEE Band de Ideias. Na manhã desta quinta-feira, 5, a iniciativa, que conta com o apoio do Grupo Bandeirantes, reuniu empresários, estudantes, representantes de entidades e comunicadores para discutir os princípios que envolvem uma liderança positiva.

Para a abertura, o superintendente-executivo do CIEE gaúcho, Luiz Carlos Eymael, deu as boas-vindas e agradeceu a presença das cerca de 200 pessoas e a parceria do grupo de mídia. "O tema deste fórum não poderia ser mais oportuno diante do período em que o Brasil vive", disse, justificando a importância do projeto debater à ética nas relações, sejam elas profissionais ou não.

Em seguida, o diretor-geral da Band RS, Sérgio Cóssio, ressaltou a relevância da iniciativa em propôs uma reflexão sobre as atitudes e o gerenciamento das empresas. "Não é à toa que nossos pilares são pessoas, processos e estrutura, sendo o primeiro o mais essencial deles, pois sem elas não temos um grupo de comunicação."

"A liderança é a habilidade de inspirar e provocar as pessoas a fazer acontecer", iniciou Luciano. A partir dessa afirmação, ponderou que somente isso não basta, e que é preciso transmitir, de maneira informal e ética, conhecimento e apoio moral, psicológico e social. Com a imagem de Dalai Lama e Adolph Hitler, exemplificou que ser líder pode ser algo negativo ou positivo.

Ampliando a reflexão, disse que, diariamente, os indivíduos se encontram em dilemas morais e que estes estão ligados à ética. O cartunista acrescentou que, infelizmente, quem fez uma determinada ação é mais importante do que o próprio ato, ele estando, ou não, correto. Para facilitar na tomada de decisão, sugeriu aos participantes que sempre se questionem "se aquilo que se faz ao outro eu gostaria que fizessem comigo".

Ainda, defendeu que é preciso ter caráter e dignidade para não ceder aos exemplos coletivos negativos que o País apresenta. Diante da plateia, sugeriu que as pessoas tenham um posicionamento de nadar contra a correnteza e assumir uma postura de intolerância ao relativismo ou abertura de exceções para situações que são incorretas, mas que podem vir a trazer uma vantagem a si mesmo. "Minha palestra é 60% de minha responsabilidade. Os outros 40% é na cabeça de vocês", disse, destacando a essência do pensamento individual.

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