"Em 20 anos de profissão, nunca me senti tão constrangida"

É o desabafo da repórter do Correio do Povo, intimada a depor sobre a invasão da Aracruz

A jornalista Luciamen Wink, repórter do Correio do Povo, intimada a depor sobre a invasão na Unidade da Aracruz em Barra do Ribeiro, durante o protesto do MST, revelou ter se sentido constrangida com a intimação (ver nota anterior). "Eu e o fotógrafo Luís Gonçalves recebemos a intimação na redação, o documento dizia que se não comparecêssemos seríamos buscados coercitivamente", contou ela a Coletiva.net. Na noite de sexta-feira, a jornalista e o fotógrafo passaram mais de quatro horas contando ao delegado como chegaram até os ônibus do movimento. "Foi um depoimento testemunhal. Expliquei ao delegado que saímos daqui seguindo apenas um ônibus, os outros encontramos lá e nunca podíamos imaginar o que iria acontecer", explicou.


"Se todos os crimes fossem investigados dessa maneira não teria mais bandidos soltos. Tenho mais de 20 anos de profissão e nunca me senti tão constrangida. Pela primeira vez, faço uma matéria e depois tenho que comparecer à delegacia para depor", desabafou Luciamen. Hoje será a vez de outra repórter do Correio, Jurema Josefa, também intimada a comparecer à mesma delegacia, para depor sobre o episódio da Aracruz.

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