Chegam a 150 as ações contra conteúdo de eleições na internet

Informação é do site Eleição Transparente, que mapeia processos de políticos e partidos contra veículos de imprensa, redes sociais e blogs

O número de ações judiciais para a remoção de conteúdos da internet já chega a 150 durante o período de campanha eleitoral. A informação é do site Eleição Transparente, lançado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com o Google. A plataforma surgiu em 27 de agosto, com a proposta de conter a censura judicial que, segundo a entidade, se intensifica em período eleitoral, uma vez que políticos e partidos tentam evitar a publicação de informações que desfavoreçam suas candidaturas.
Paraná (16%), Alagoas (14%) e Roraima (10%) são os estados onde mais se originaram processos. Os partidos que moveram ações foram PMDB, responsável por 31 processos, o que representa 20,67% do total; PSDB, com 27 ações (18%); e PP, com 18 (12%). O Google é a empresa mais processada: é ré em 112 dos 150 processos. Em seguida, consta o Ibope Inteligência, com 16 ações.
Já o candidato que mais busca a Justiça para impedir a divulgação de informações é Benedito de Lira, postulante ao governo de Alagoas pelo PP, com 14 processos. Logo após, aparecem Expedito Júnior (PSDB-RO), com 13 ações judiciais; e Roberto Requião de Melo e Silva (PMDB-PR), com 12. No Rio Grande do Sul, o único processo registrado pelo site foi movido por Ana Amélia Lemos, contra o Google Brasil.
A base de dados e? alimentada diretamente pelos representantes legais das empresas, que se cadastram no site e preenchem um formulário com detalhes sobre a notificação judicial. Para abastecer a página, a Abraji conta com a ajuda de parceiros como Folha de S. Paulo, O Estado de S.Paulo, UOL, Zero Hora, Gazeta do Povo, Google, Ibope e Datafolha.
O site pode ser acessado pelo endereço www.eleicaotransparente.com.br.

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