Circulação do Jornal do Brasil tem dias contatos

Diário passa a ter apenas versão online

O Jornal do Brasil vai deixar de circular. A data para o fim da versão em papel será decidida ainda esta semana, segundo o empresário Nelson Tanure, dono da marca. Com dívidas estimadas em R$ 100 milhões e vendo a circulação despencar, Tanure tentou encontrar um comprador para o jornal. Sem sucesso, decidiu manter o jornal só na internet. "Provavelmente, seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet. É algo que está acontecendo no mundo todo", afirmou.
Atualmente, o periódico, que teve a sua primeira edição impressa em 1891, tem tiragem de 17 mil exemplares nos dias de semana e de 22 mil aos domingos. Segundo o portal O Globo, o JB conta com 180 funcionários, sendo 60 jornalistas, que trabalham na redação. A presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Suzana Blass, disse que pedirá audiência com Tanure para discutir o futuro dos empregados. "Queremos garantir uma empregabilidade mínima e o pagamentos das rescisões."
Diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, lamentou o fim da versão impressa, mas fez questão de frisar que este é um caso isolado e que aposta no crescimento da circulação dos jornais no país este ano. "É lamentável que o JB termine. Foi um processo de equívocos empresariais que resultaram em decadência editorial."
Em 2009, a circulação diária de jornais pagos no país foi de 8,193 milhões, um recuo de 3,46% em relação a 2008, quando a circulação crescera 5%. Segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), no primeiro quadrimestre deste ano, o setor já registrou um crescimento de 1,5%, mas desde setembro de 2008, o Jornal do Brasil não é mais auditado pelo órgão.
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