Crise da imprensa mundial é destaque no Jornal da Noite

Texto assinado por Danilo Ucha trata do "emagrecimento" de jornais e desinteresse dos jovens pela leitura

A imprensa e os meios de comunicação transitam há um bom tempo por um caminho de incertezas. E a crise econômica mundial, que estourou em meados do ano passado, só fez piorar a situação, pois as empresas pararam de anunciar. Com este alerta, Danilo Ucha dá início à matéria de capa da edição deste mês do Jornal da Noite, do qual é editor e diretor. No texto intitulado "Morreu o consumidor, viva o prosumidor", o jornalista relata que até em Porto Alegre  jornais "emagreceram" e que especialistas dizem que a substituição dos meios tradicionais de comunicação por novos, como internet e celular, representa a morte do consumidor convencional. Nasce assim, segundo ele, a figura do "prosumidor" - que é uma mistura das palavras profissional e produtor com consumidor. "(?) as pessoas deixam de ser "sujeitos passivos" da publicidade e da informação para se transformar em participantes da criação da mensagem. A publicidade, sem dúvida, será a primeira a ter que mudar", sentencia.


Para justificar a ideia, Ucha relata que nos Estados Unidos 120 jornais diários fecharam desde janeiro de 2008. As causas seriam a falta de publicidade e a passagem dos leitores jovens para a internet. O investimento brasileiro em publicidade, de acordo com o texto, se manteve estável, mas a participação dos meios impressos caiu de 29% para 26%. O jornalista ainda registra que o consumo da internet tem impactado entre 2% e 3% na circulação de jornais. Porém, o maior impacto estaria ocorrendo no rádio e na televisão: das 9 mil pessoas ouvidas pela Deloitte - sendo 1002 brasileiras -, 81% disseram preferir o computador como forma de entretenimento. Mas a publicidade na TV se mantém crescente. "O que é certo é que os jovens estão abandonando os jornais e a publicidade está indo junto e os meios impressos, segundo especialistas, dependem muito mais da publicidade, entre 70% e 80%, enquanto a TV depende 20%", escreve. 


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