Dono de banca se recusa a vender as revistas Veja e Época

Ele quer que outros jornaleiros também percebam a importância de seu trabalho

Fábio Marinho, proprietário de banca de jornal em Porto Alegre, não vende mais as revistas Veja e Época. A intenção do jovem estudante de História é contribuir para que outros jornaleiros "também tenham uma tomada de consciência e percebam a importância de seu trabalho na sociedade", afirma. "Não é mais possível ficarmos esperando que os outros venham fazer algo por nós. Todos somos, de alguma forma, responsáveis pelo mundo em que vivemos", disse ele para o jornal JÁ (www.jornalja.com.br). O jovem tornou pública sua decisão ao enviar carta para o jornalista Hamilton Octávio de Souza, publicada na edição de julho da revista Caros Amigos.





Para ele, a revista Veja é agressiva e tendenciosa em suas coberturas. E foi uma reportagem sobre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o estopim para que decidisse não vender mais a publicação. A revista Época seguiu o mesmo caminho, e atualmente não aparece nas prateleiras da banca.





Fábio não se preocupa com uma possível resposta das revistas, e segundo José Claudino de Oliveira, assessor jurídico do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas do Rio Grande do Sul, nem precisa. Para Oliveira, as empresas não teriam motivos para se preocupar com uma ação isolada como a do jornaleiro. "Se não vender, quem não ganha é ele", explica.


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