Justiça não aceita denúncia do FSM contra jornalista

Polibio Braga fora acusado de calúnia e difamação por executivo do Fórum Social

Não foi aceita a ação ajuizada pelo coordenador executivo do Fórum Social Mundial, Jefferson Miola, contra o jornalista Políbio Braga. Miola acusou o jornalista de calúnia e difamação por ter divulgado, em seu site www.polibiobraga.com.br, que contratara por R$ 1,1 milhão "uma empresa de fachada, a GP, de militantes petistas, para complementar as instalações elétricas do complexo que está sendo erguido no Gasômetro".


Polibio publicou uma série de notas, iniciada com uma sob o título "Contratos mal-cheirosos rondam o Fórum Social Mundial". Nelas, denunciava a contratação de serviços de instalações elétricas nas dependências dos barracões montados no ano passado em Porto Alegre. A juíza Denise Oliveira Cezar, recentemente eleita para presidir a Ajuris, entendeu, depois da leitura dos autos, que "não se verifica calúnia, difamação ou injúria contra o querelante ou quem quer que seja". Segundo ela, "no artigo questionado, observa-se o propósito do comentarista político Políbio Braga em informar e, ao mesmo tempo, manifestar a sua opinião veemente sobre matéria de evidente interesse público, que repercutiu também em outros meios de comunicação".


O comentarista registra o fato em seu site hoje acrescentando que "nunca, antes, o Fórum Social Mundial processou criminalmente qualquer outro jornalista. Além do Código Penal, os cappi do FSM invocaram a famigerada Lei de Imprensa editada pela ditadura militar para prender e assassinar opositores políticos e até hoje em vigência, mesmo passados 20 anos de regime democrático. Era para meter na cadeia mesmo, o que não assombra quando se trata de lideranças autoritárias e ressentidas". Afirma que só não processará o executivo do FSM porque ainda cabe recurso da sentença proferida pela juíza.


Clique aqui para ler a sentença completa.

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