Limite de acessos gratuitos em ZH será entre 10 e 40

No início, homes, blogs e links direcionados a partir de mídias sociais não serão calculados

O sistema de cobrança no acesso ao conteúdo digital de Zero Hora passa pelos últimos testes antes de ser implantado, o que deve ocorrer ainda em agosto. Segundo o diretor-geral de Jornais RS do Grupo RBS, Marcelo Rech, o limite de matérias que poderão ser acessadas mensalmente de forma gratuita ainda não está definido, mas o número deve ficar entre 10 e 40. "Vale observar que não contarão para esta soma a capa principal e as capas internas das editorias, bem como links advindos de mídias sociais e, numa fase inicial, os blogs", destacou ao Coletiva.net. A contagem de acessos do usuário será zerada no dia 1º de cada mês.
Ainda que o limite sugerido seja relativamente pequeno para o período de um mês, Marcelo garante: "a grande maioria dos usuários de nossos serviços não vai ser impactada pela cobrança digital". Desenvolvido pela equipe do Grupo RBS que atua no Tecnopuc, o sistema, conforme Marcelo, "preserva a alta audiência do site, o que assegura a entrega de resultados para os anunciantes" e "cobra apenas de uma minoria que faz uso muito intensivo do meio digital". Para o assinante de ?Zero Hora Completa? (de segunda a domingo), não haverá nenhum custo adicional, o que, para o diretor-geral de Jornais RS do grupo, constitui "uma valorização dos assinantes fiéis".
Ao adotar ao modelo pay wall, também conhecido por muro de cobranças, Zero Hora adere a um movimento cada vez mais comum entre os impressos, que já conta com o norte-americano The New York Times e com a Folha de S. Paulo como adeptos. A implantação do sistema se justifica pelo custo proveniente da produção de conteúdo online. "Para manter e ampliar ainda mais este conceito é preciso desenvolver modelos de financiamento que sustentem um jornalismo independente, que requer cada vez mais investimentos em tecnologia e qualidade em geral", explicou o executivo.
Seguindo o modelo, ao atingir o limite de acesso para o conteúdo gratuito, o leitor será direcionado a uma página que pedirá a assinatura. Se ele concordar em fazê-la, o valor cobrado será o mesmo da assinatura digital atual (R$ 36,90 por mês). A vantagem, de acordo com Marcelo, está no fato de que, "além da versão digital da edição diária, este assinante também poderá acessar todos os conteúdos na web, tablets e celulares. Ele só não receberá a edição em papel."

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