Versão da hora

Jornais publicam biografia incompleta do repórter Flávio Alcaraz

Os diários de Porto Alegre dedicam espaços - de uma simples nota, casos do Diário Gaúcho e do Jornal do Comércio, a duas páginas, caso do O Sul - para registrar a trajetória do jornalista Flávio Alcaraz Gomes, que  faleceu na manhã desta terça-feira, 5, em casa, aos 83 anos. Um dos mais importantes repórteres e comunicadores do Rio Grande do Sul mereceu todos os espaços que lhe foram dedicados. O Correio do Povo, onde viveu alguns de seus melhores momentos, lembra que foi "um dos jornalistas de memória mais privilegiada". O próprio jornal, no entanto, falha aí e, assim como os outros, com exceção de Zero Hora, não registra um acontecimento importante na trajetória de Flávio, que foi sua prisão devido à morte de uma jovem.
O fato esquecido por uns foi detalhado assim por Zero Hora: "Em 1976, no auge profissional, Alcaraz Gomes foi condenado a 10 anos de prisão pela morte de uma jovem que estava em um carro estacionado na frente de sua casa. O julgamento foi um dos mais rumorosos da época. Mesmo no cárcere, manteve-se na profissão, produzindo e escrevendo. Um dos seus livros é o Prisioneiro 30.310. Ainda na prisão, Alcaraz Gomes recebeu o apoio da RBS para retornar ao jornalismo, o que ocorreu em agosto de 1981, quando Zero Hora começou a publicar os diários enviados desde o cárcere, na série 'Memórias de um Repórter'. Libertado, integrou-se aos quadros da Rádio Gaúcha".

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