Gerente de desenvolvimento de software da Amazon é atração do último dia

Gaúcho, Roberto Colnaghi Jr. trouxe o case Alexa para o evento nesta sexta-feira de Innovation Week

Roberto Colnaghi Jr. - Divulgação/Coletiva.net

O gaúcho Roberto Colnaghi Jr., gerente de desenvolvimento de software da Amazon Web Service (AWS), abriu a noite de palestras do último dia de Innovation Week, nesta sexta-feira, 5. O profissional, que mora no Vale do Silício, nos Estados Unidos, trouxe o case Alexa (assistente de voz da empresa norte-americana) - cuja realização passou por suas mãos. "Quando me dei conta, estava no meio de uma revolução que transformou minha carreira e vida profissional", comentou.

Segundo ele, a Alexa é um serviço que representa o que vemos em filmes de ficção científica. "A complexidade dela só não é maior do que a simplicidade do uso", opinou. Conforme Colnaghi, o produto já está em mais de seis milhões de dispositivos, em três idiomas - inglês, alemão e japonês. Porém, disse não ter dúvidas de que a Amazon não parou por aí. Isto porque a empresa estuda minuciosamente os mercados antes de chegar até eles.

Em relação à usabilidade, comentou que a Alexa dá o poder de escolha, bem como se permite que se inove, pois é aberta a outras plataformas, além de atrair novidades. Para o profissional quando esse dispositivo entra na vida das pessoas, não há cmo viver sem ele. Colnaghi explicou que, por trás de toda esta inovação, há uma companhia chamada Amazon Web Services (AWS), que oferece serviços de computação em nuvens confiáveis e acessíveis, permitindo, assim, que novos negócios possam ser criados a partir deles, como é o caso da Netflix.

O profissional recordou quando teve o primeiro contato com a Alexa, quando participou de uma pesquisa fazendo umas perguntas genéricas a um microfone, como, por exemplo, informações sobre o tempo. Contudo, foi somente em 2017 que começou a trabalhar de fato com o sistema de voz, como encarregado do desenvolvimento para que um aparelho pudesse conversar com outro, por meio de uma plataforma de vídeo chamada de Ecoshow. O projeto era tão secreto, que ninguém dentro da Amazon poderia saber sobre o desenvolvimento.

Como parte do processo, ele ganhou um aparelho e levou para a casa. "Precisamos evoluir rapidamente e falhar com frequência, pois assim aprendemos coisas novas e não podemos colocar o negócio em risco", comentou sobre o que entendeu na época, ao enfatizar a importância de ter muita pesquisa de dados. Garante que o sistema não libera informações dos consumidores. "Tudo o que é coletado pelo dispositivo, os dados que retiram por meio do comando da voz, ficam ali dentro, e a Amazon não compartilha com ninguém", assegurou.

O gaúcho explanou sobre a facilidade de interação da Alexa, pela qual se consegue pedir simplesmente para ler "meu livro", sem precisar apontar página e parte do texto em que parou - pois o dispositivo sabe de tudo. "É preciso ter humanidade para cativar as pessoas, e as empresas de tecnologia estão em busca disso", comentou. Ao final, enfatizou: "É um caminho sem volta. Explorar as emoções que as pessoas colocam em cima das tecnologias humanizadas, com robôs menos orgânicos e mais humanizados".

Realizada pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e pelo Grupo de Marketing RS, a Innovation Week acontece de 1º a 5 de abril, na ESPM-Sul (Rua Guilherme Schell, 350 - Santo Antônio), em Porto Alegre. Com o apoio da Melnick Even, a equipe Coletiva.net realiza a cobertura em tempo real do evento.

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