ADI lamenta: "Ano termina com extremas dificuldades para diários do Interior"

Expectativa do presidente Sergio Luiz Klafke é que situação melhore em 2018

'O ano termina com extremas dificuldades para os diários do Interior." É com este sentimento que o presidente da Associação dos Diários do Interior (ADI), Sergio Luiz Klafke, encerra 2017. No entanto, em entrevista ao Coletiva.net, ele disse que tem uma expectativa de que 2018 melhore e possa representar ainda mais a recuperação econômica do País, que reflete diretamente em todos os setores.

Klafke destacou que, em 2017, os diários do interior do Rio Grande do Sul, associados à ADI, registraram queda de receita publicitária e de circulação, o que, segundo ele, começou a atingir as empresas em 2014, em consequência da crise econômica que fez a economia nacional se deteriorar. Junto a isso, ele lembrou o crescente movimento da migração do conteúdo impresso para o digital que começou a ganhar cada vez mais espaço.  

Para o presidente da entidade, a maior conquista de 2017 foi o fato de alguns jornais já ter conseguido estancar a perda de receita publicitária e de circulação. Hoje, a ADI conta com 19 veículos associados, dos quais quatro estão com "algum atraso na sua contribuição de mensalidades". Em 2017, juntaram-se à entidade a Folha de Quaraí e o Jornal Momento, de Osório. No mesmo ano, deixaram a associação A Razão, de Santa Maria, e o Diário da Fronteira, de Uruguaiana. Ambos deixaram de circular sua versão impressa.

A ADI tem uma situação financeira estável, conforme Klafke, o que permite o seu funcionamento, "graças às mensalidades pagas por jornais associados, algumas parcerias firmadas e uma situação muito enxuta de gastos". Para o ano que vem, ele acredita que se a roda da economia girar, há geração de empregos e renda, que impactam em todos os setores e os veículos de comunicação poderão sentir o reflexo em publicidade e audiência paga. "O grande desafio das empresas de comunicação que têm jornais impressos, é pavimentar caminhos na travessia de oferecer ao mercado conteúdo impresso para o conteúdo digital", destacou.

Atualmente,  os veículos impressos ainda seguem fortes em várias regiões, segundo Klafke. No entanto, "a necessidade de se posicionar diante da realidade do digital, e como tornar este negócio rentável, está presente no dia a dia de todos".

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