Depois da Web 2.0, a discussão é sobre a web 3.0

Web Semântica vem para acrescentar significado à web social

Enquanto no Vale do Silício ainda se fala da Web 2.0 ou "web social", muitos já se preparam para a decolagem, a partir de 2007, da geração seguinte: a Web 3.0 ou "web semântica", como diz o criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee. O sucesso de sites como YouTube, Orkut, LinkedIn e FaceBook atesta que 2006 foi o ano da Web 2.0. Também foi o ano em que a tecnologia social, como os blogs e os wikis, se estendeu como rastilho de pólvora. Agora, a idéia da próxima geração da Internet ganha força.


O objetivo da "Web semântica" é acrescentar significado à rede, de maneira que, em lugar de um mero catálogo, ela se converta em um guia inteligente, com sites capazes de trocar informação sobre seus conteúdos. Berners-Lee fala de uma rede de aplicações e informações conectadas entre si, algo como uma base de dados global.


Este sistema poderia atuar como conselheiro pessoal em áreas tão diversas como o turismo - oferecendo pacotes na medida certa, em vez de uma torrente de páginas de agências de viagens e destinos - ou planejamento financeiro, com recomendações concretas dependendo da idade ou do estado civil do usuário. Enquanto as recomendações de viagem de hoje forçam o internauta a navegar entre longas listas de comentários ou obervações, o sistema da Web 3.0 se encarregaria de estabelecer valorações, classificá-las e, por dedução, oferecer o hotel adequado para aquele usuário em particular. Um sistema como esse se tornaria instantaneamente mais valioso, comercialmente, do que os meios de busca de hoje, que apresentam resultados de milhares de documentos e normalmente são incapazes de responder a perguntas tão concretas.


Como escreve Nicholas Carr em seu blog, a Web 3.0 "tornará obsoletos os buscadores de hoje".  Mas quando chegará esta Web "sabetudo"? O blog OnlineSpin destaca que faltam, entre outras coisas, um  software de reconhecimento de imagens para vídeo, junto com reconhecimento de voz aplicado ao vídeo. George Jones, do Information Week, acredita que somente é possível predizer um coisa: a julgar pelo desenvolvimento impressionante da Internet nos últimos 15 anos, é impossível prever que forma terá daqui a outros 15 anos.

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