Novas tecnologias uniram a família, afirma pesquisa americana

Internet, celular e outras ferramentas reforçaram laços de comunicação e até de diversão nos lares

Pesquisa comentada por Donna St George, articulista do Washington Post, nesta segunda-feira, 20, revelou que, ao contrário do que comumente se afirma, a nova tecnologia não tem enfraquecido os laços da vida familiar. Ao menos nos Estados Unidos. Ao contrário: o celular, o mail, as mensagens de texto e as outras novas formas de comunicação teriam compensado o estresse e a pressa da vida moderna para os grupos familiares. 


"Havia o receio de que a Internet tivesse afastado as pessoas umas das outras, mas vimos exatamente o oposto disso", declarou Barry Wellman, professor de Sociologia da Universidade de Toronto e um dos autores do relatório publicado pela Pew Internet e American Life Project.


Na sondagem, 60% dos adultos disseram que as novas tecnologias não afetaram a relação de proximidade em sua família, e 25% disseram que a comunicação online aproximou os familiares. Apenas 11% dos entrevistaram falaram em efeito negativo da tecnologia em suas vidas. As conclusões foram baseadas em uma sondagem nacional representativa de 2.252 pessoas, que envolveu um grupo de 482 adultos que eram casados ou que vivem juntos com os filhos menores. Os dados dão conta que 47% dos adultos acham que celular e internet melhoraram a qualidade da comunicação familiar, e apenas 2% reclamaram de um decréscimo nesta qualidade. 


A tecnologia teria criado, inclusive, o hábito de os casais trocarem mais saudações durante o dia, com uma regularidade inexistente há 10 anos, numa prática que se estende também aos filhos. Até mesmo a alta velocidade da internet contribuiu para unir os familiares em torno do que os pesquisadores classificam de fenômeno: todos em volta do computador seja para ver vídeos no youtube, seja para desfrutar de outras diversões em conjunto.

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