A decisão dos jornais brasileiros de não compartilharem mais manchetes com o Google News chamou a atenção de associações internacionais. A retirada dos links do agregador de notícias, hoje vista como um boicote, foi apontada pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ) como uma possibilidade de ação e seguida pelos veículos-membros da entidade. Conforme a Folha de S. Paulo, a entidade brasileira recebeu mensagens de apoio e pedidos de informações de associações e veículos de França, Alemanha e Chile.
A atitude é uma resposta ao Google pelo uso do conteúdo sem qualquer remuneração aos veículos. Com a medida, a ANJ, que tem 90% do mercado associado, acredita que ajudou a derrubar um dos argumentos usados pela Google, de que os resultados das buscas ajudariam a aumentar a audiência dos veículos na internet. Desde que os veículos associados optaram por retirar o conteúdo do agregador, o tráfego para os portais caiu menos de 5%, segundo a ANJ. Dessa forma, a associação entende que não vale a pena ter as reportagens elencadas nas pesquisas. "É um custo muito pequeno comparado aos efeitos danosos de ter seu conteúdo distribuído de graça", disse à Folha Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ. 
O Google reforçou em nota que seu compromisso é levar conteúdo de qualidade de forma fácil e rápida aos usuários. "É por isso que nós temos parcerias com publishers de todo o mundo que escolhem se inscrever no Google News".
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