Para o editor-chefe da Folha do Noroeste, de Frederico Westphalen, Eder Callegari, 2017 foi um ano desafiador para as áreas Comercial e de Jornalismo. "Fomos sustentáveis, embora tenhamos tido, sim, perdas de assinantes e anunciantes", disse, em entrevista ao Coletiva.net. O jornalista explicou que, para driblar as dificuldades, o veículo apostou em novos produtos comerciais e contratos com periodicidades mais curtas ou de apenas uma edição.

Eder ressaltou que o trabalho da equipe de Jornalismo foi redesenhado para otimizar a produção, além de passar a desenvolver conteúdos em formato branded content. "No online, superamos todas as nossas expectativas, quebramos recordes de público assistindo às transmissões ao vivo. Recebemos muitos feedbacks sobre a qualidade de áudio e de vídeo, das entrevistas e das matérias", completou.

O lançamento de cadernos, a obtenção de patrocínio de empresas nas transmissões ao vivo e a comercialização da assinatura nos vídeos são as principais conquistas na visão do editor-chefe. Ainda, levaram as editorias de Esporte e Polícia para a web, além de ganharem programas ao vivo, transmitidos semanalmente.

Para ele, outro destaque do ano foi a repórter Cristiane Luza ter sido agraciada na categoria Especial, com o Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Rio Grande do Sul. "Ficamos imensamente felizes não só pelo reconhecimento da instituição, mas por levar o nome do jornal e de Frederico Westphalen entre colegas da RBS TV, de Zero Hora, da Gaúcha e da Guaíba."

Aliados às novidades, registrou, também, a baixa lucratividade do impresso. "Conseguimos passar por 2017, mas perdemos clientes, como prefeituras e empresas que cortaram mídias e patrocínios. Esperamos que 2018 seja um ano mais viável para o jornal." Para o próximo ano, projetou oferecer novos site e aplicativo, a fim de ofertar ferramentas mais modernas ao público e à equipe da Folha do Noroeste. "Vamos continuar com o impresso e ampliar o digital", completou.