Para Robaina, a criminalidade é a concentração de todos os problemas

Pré-candidato ao Governo do Estado foi o segundo entrevistado no Painel Eleitoral da ARI

Roberto Robaina é o segundo entrevistado no Painel Eleitoral da ARI - Divulgação/Coletiva.net

Ao ser entrevistado no Painel Eleitoral da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), o pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSOL, Roberto Robaina, afirmou que, na sua visão, a criminalidade é a concentração de todos os problemas, pois está ligada à falta de emprego, de acesso à educação e à cultura. "A lógica é aumentar a solidariedade e parar de olhar só para si", defendeu. O político foi o segundo sabatinado na entidade, nesta terça-feira, 7, às 13h. Os convidados para conduzir o segundo encontro foram os jornalistas Ayres Cerutti, da revista Programa, e Fabio Berti, da RDC TV e IPA, mediados por Edieni Ferigollo.

Ainda no quesito segurança, Robaina disse que grande parte do problema está ligada às milícias, que já chegaram ao Rio Grande do Sul, a exemplo de como ocorre no Rio de Janeiro. Na opinião dele, se não houver uma mudança radical da política de segurança nacional, a chance de não entrar em colapso diminui. "E isso passa ainda por descriminalizar as drogas, pois não é assunto de segurança, mas de saúde pública. Se eleito, o nosso partido irá atuar no combate aos homicídios, feminicídios e latrocínios", observou.

Para abordar o tema Educação, foi levantada a questão do projeto 'Escola sem partido', duramente criticado pelo pré-candidato, que ironizou dizendo que esta é uma iniciativa que deveria se chamar 'Escola com mordaça'. "O professor já não deve dar aula alegando partidos políticos, mas esse projeto significa censurar as opiniões dos jovens", pontuou. Disse ainda que acredita na possibilidade de derrubar o projeto, mas que mesmo essa medida não resolveria a decadência educacional. Robaina entende que, além de recurso financeiro, que é elemento estrutural, é necessário incentivar a cultura para tornar o ambiente educacional um local que interesse seus alunos.

Após pontualmente uma hora, conforme previsto, o público presente pôde participar por meio de perguntas por escrito. Uma delas fez referência ao futuro da comunicação pública, questionando como ficariam as emissoras TVE e FM Cultura. "Essa extinção precisa ser revista, pois precisamos de uma política pública fortalecida nesse sentido. Os jornalistas deveriam se apropriar dos dois veículos", opinou, destacando também que não viu ainda a devida valorização da emissora como um canal de educação, "que é o que ela deve ser". "Perder esse instrumento é uma tragédia", finalizou.

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