O jornalista gaúcho Roberto Andrade lamentou a morte do produtor Carlos Eduardo Miranda ocorrida nesta quinta-feira, 22, em São Paulo. Miranda, como era nacionalmente conhecido, foi vítima de um mal-súbito em casa, aos 56 anos. Formado pela Fabico, na Ufrgs, ele deixou o Rio Grande do Sul ainda jovem para ingressar no meio artístico. "O Estado e os gaúchos devem se orgulhar do trabalho que ele fez. Era uma ótima pessoa", afirmou Beto, em entrevista ao Coletiva.net. O corpo do produtor está sendo velado em São Paulo, na sala Roma do Funeral Home (rua São Carlos do Pinhal, 376), e a cerimônia de cremação será às 17h.

Ao portal, Beto disse não lastimar a perda do amigo de mais de quatro décadas, mas a sua ausência. "Todos vamos morrer, o que me entristece é saber que não o terei mais por perto", falou o jornalista, ao contar que a amizade ultrapassou os limites profissionais. "Nos aproximamos muito na década de 1980, quando viemos a São Paulo. Ele era o tio querido e amado dos meus filhos e um grande companheiro." Beto também fez questão de lembrar a fama de Miranda. "Não conheço ninguém que não gostasse dele. Generoso, talentoso e com uma perspicácia e genialidade de poucos", elogiou.

Ao longo de sua trajetória, Miranda foi jurado no reality musical Ídolos, em 2006 e 2007, e dos programas Astros e Qual é seu talento, do SBT. Como produtor, ajudou a lançar bandas como Titãs, Skank e Raimundos e, mais recentemente, Gaby Amarantos. Ele deixa a viúva Bel Hammes, com quem teve uma filha de 2 anos.

Também formado pela Fabico, Beto foi roteirista, produtor, editor e diretor de programas e projetos nas principais emissoras de televisão do Brasil. Durante 14 anos, esteve à frente da Prisma Produções de Cinema e Televisão, onde desenvolveu mais de 700 trabalhos para o mercado publicitário. Ainda, produziu e dirigiu atrações de rádio e TV para 15 campanhas políticas em diferentes estados brasileiros. Hoje, reside no Rio de Janeiro e é consultor de comunicação digital para empresas públicas e privadas.