Com o debate de teses sobre o exercício profissional, a realização de conferências, painéis e oficinas, e a promoção de atividades culturais, tem início, nesta quarta-feira, dia 20, em São Paulo , o 33º Congresso Nacional dos Jornalistas, com abertura oficial às 20h. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul terá seis representantes no evento: o presidente José Maria Rodrigues Nunes e os delegados Celso Schroeder, José Carlos Torves, Elisa Pereira (Regional de Santa Maria) José Weiss (jornalista freelancer, que vai representando o mercado de trabalho) e Vera Daisy Barcellos (Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros). O Sindicato vai apresentar oito teses voltadas ao mercado de trabalho do Estado. Nunes adianta uma novidade: a candidatura do Rio Grande do Sul, no evento, para sediar o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que será realizado em 2010.  

O encontro, que vai até domingo, deve reunir mais de 300 participantes, entre delegados, observadores e convidados. É organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e ocupará o Novotel Jaraguá. Temas como diploma e regulamentação da profissão, organização da categoria, liberdade de imprensa, novas tendências da comunicação e transformações no mundo do trabalho serão abordados durante o congresso, com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros e representantes dos poderes públicos. Entre os convidados anunciados estão o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; o presidente do Senado, Garibaldi Alves; o presidente da Federação Internacional dos Jornalistas, Jim Boumelha; os economistas Luiz Gonzaga Beluzzo, José Dari Krein e Márcio Pochmann; e a diretora do jornal da Universidade do México, Carmen Lira.

A participação no evento é aberta a jornalistas e estudantes de jornalismo, na condição de observadores, mediante inscrição que pode ser feita até o dia da sua abertura. Este 33º Congresso ocorre no momento em que são comemorados os 200 anos da imprensa brasileira e em que a categoria aguarda a votação, no Supremo Tribunal Federal, do recurso que questiona a obrigatoriedade da formação específica em nível superior para o exercício da profissão. "É um momento fundamental para a nossa profissão. Será a oportunidade que temos para lembrar que a categoria foi protagonista em uma história de luta pela qualidade e democratização da comunicação. Vamos reafirmar para todo o país que nossa profissão tem direito à regulamentação e que o acesso a ela deve ser feito por meio do ensino superior", destaca o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo.

Durante o evento, será realizada solenidade comemorativa ao bicentenário da imprensa brasileira, às 20h do dia 22, quando a Fenaj homenageará o paulista José Hamilton Vieira, repórter há 52 anos e que ganhou vários prêmios; e a cearense Adísia Sá, a primeira mulher a atuar na imprensa daquele Estado e fundadora do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará.   Integrando-se às comemorações dos 100 anos da imigração japonesa para o Brasil, o encontro realizará, às 19h de sábado, uma homenagem à data, com a apresentação de danças típicas, gastronomia e história daquele país. No mesmo dia, às 21h, haverá a Festa dos Jornalistas, na Casa de Portugal, aberta aos participantes do Congresso e aos jornalistas de São Paulo. Já entre as atividades culturais, estão os lançamentos do livro "Formação Superior em Jornalismo, uma Exigência da Sociedade", editado pela Fenaj, e do Prêmio Nacional de Jornalismo Dom Pedro Casaldáliga pela erradicação do trabalho infantil, que é promovido pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso, ambos no dia 22.

Informações completas podem ser obtidas no site www.33cnj.org.br.