Brasil ocupa oitavo lugar em ranking de impunidade a assassinatos de jornalistas

País é o único representante da América do Sul entre 12 locais

De acordo com o 10º Índice Global de Impunidade, desenvolvido pelo Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), o Brasil é o oitavo local onde se encontram criminosos responsáveis pela morte de jornalistas mais impunes. O País é o único representante de América do Sul no ranking, do qual fazem parte mais 11 nações.

Segundo o estudo, em 2009 não houve registros de novos assassinatos e, a contar de 2015, ninguém foi condenado pelo tipo de crime. A pesquisa, referente ao período 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2017, apontou que 15 homicídios não tiveram solução no território nacional. Os alvos das mortes, conforme o comitê, são profissionais que denunciam corrupção, crime e política nas cidades de interior.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) registraram, respectivamente, sete e três homicídios em 2015 e 2016. Neste ano, não foi contabilizado nenhum caso. Ainda no relatório constam nove ocorrências de agressão em 2017 contra 45 no ano passado. "A queda reflete, em parte, um período não eleitoral e a redução das grandes manifestações que vinham acontecendo nos últimos anos", explicou o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira.

O Índice Global de Impunidade é publicado anualmente para marcar o Dia Internacional para acabar com a Impunidade por Crimes contra Jornalistas, celebrado em 2 de novembro. A lista, que somente aceita países com cinco ou mais casos não resolvidos e teve a Somália na primeira posição, pode ser obtida no site do CPJ.

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