Os cursos de Jornalismo ganham novas diretrizes após aprovação de projeto pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As novas regras alteram a nomenclatura do curso, definem as políticas, o processo pedagógico, o perfil técnico e a filosofia de formação deles. Até então, os formandos colavam grau em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Agora, os cursos têm nomenclatura própria e o título passa a ser de Bacharel em Jornalismo.
O projeto foi elaborado por uma comissão, em 2009, e do projeto original ficaram definidos aspectos como carga horária total de 3.000 horas (atualmente, é 2.700); estágio curricular obrigatório; distribuição de disciplinas de formação específica e atividades laboratoriais a partir do primeiro semestre do curso. Além disso, o projeto define a especificidade da formação: "O Jornalismo é uma profissão reconhecida internacionalmente, regulamentada e descrita como tal no Código Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho. A Comunicação Social não é uma profissão em nenhum país do mundo, mas sim um campo que reúne várias diferentes profissões".
Outro aspecto defendido pelo projeto aprovado é que o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) possa ser realizado ou de forma prática, com elaboração de um produto jornalístico, ou na forma monográfica, que incentiva, na graduação, a pesquisa científica. No contexto das recomendações político-pedagógicas, os cursos deverão ter por objetivo a formação de profissionais dotados de competência teórica, técnica, tecnológica, ética, estética; e estar focado teórica e tecnicamente na especificidade do Jornalismo, com grande atenção à prática profissional.
O parecer do relator do processo, que estabelece as novas Diretrizes Curriculares, foi aprovado pela Câmara da Educação Superior e agora aguarda a homologação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para ser publicado no Diário Oficial da União.