Entidades não se manifestam sobre piso dos jornalistas

Categoria aguarda posição dos sindicatos de Rádio e Televisão e de Jornais e Revistas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul reiterou que aguarda posição oficial dos sindicatos de Rádio e Televisão e de Jornais e Revistas referente à proposta de acordo coletivo. Há dois meses, foi reivindicado o piso único de R$ 3.732,00, conforme prevê o Projeto de Lei 2960/11, de autoria do deputado André Moura, que tramita no Congresso Nacional. Com a negativa por parte dos sindicatos patronais de iniciar as negociações, o Sindjors refez os cálculos e enviou nova proposta com base nos índices aprovados em assembleia, tendo como indicativo o piso único de R$ 2.048,39. Até o momento, os demais sindicatos não se manifestaram nem apresentaram uma proposta para início das negociações.
Conforme a direção do Sindjors, têm sido feitos contatos com os presidentes das entidades patronais de forma sistemática, sem que haja retorno. "Não nego que as discussões sempre são momentos de tensão entre as entidades, mas, pela primeira vez, estamos observando um total desrespeito pela categoria que eles empregam. Esse silêncio não é normal", lamentou o presidente José Nunes. Segundo ele, a preocupação é que os empresários do setor protelem as negociações e, assim, evitem as discussões das cláusulas sociais.
Ao todo, a pauta de reivindicação, aprovada pela categoria, tem um rol de 60 cláusulas. Entre elas, há uma que prevê a escolha de uma comissão paritária para a criação de um protocolo de saúde e segurança do trabalhador. "Hoje, essa é uma das situações que mais nos preocupa", declarou Nunes. "É importante começar a pensar um pouco mais sobre isso. Um exemplo é o caso das demissões, onde os trabalhadores simplesmente são descartados, mesmo que estes necessitem de atendimento médico ou psicológico."

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