A fotografia do jornalista Mario Gusmão, que é presidente do Conselho de Acionistas e um dos fundadores do Grupo Sinos, entrou para a Galeria dos Notáveis da Imprensa Gaúcha, ao lado da imagem do irmão Paulo Sérgio Gusmão, que faleceu 1997, e de outros nomes do jornalismo gaúcho. A cerimônia ocorreu nesta terça-feira, 13, no Salão Nobre Hipólito José da Costa, na sede da Associação Riograndense de Imprensa (ARI).

Durante o evento, Gusmão relembrou sua trajetória e o início no Grupo Sinos, em 1957, quando, ao lado do irmão, fundou o jornal SL, que, na sequência, tornou-se o VS. "Hoje, somos uma empresa multimídia, que, mesmo não estando localizados na capital de Estado, ostenta posição privilegiada no cenário nacional", declarou. Junto a diretores do Grupo Sinos, familiares, integrantes do Conselho Deliberativo da ARI, amigos e autoridades, o profissional destacou a importância dos jornais da empresa. "Tivemos vitórias, mas também sofremos revezes, que serviram para buscar mais forças para continuarmos a caminhada. Sempre com espírito otimista", sentenciou.

O presidente da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza, disse considerar vital a marca dos jornais, revistas, rádio e dos canais digitais do grupo, e enfatizou a importância do jornalismo comunitário desenvolvido pela empresa na região do Vale do Sinos. "Nossa gratidão está espelhada nesta galeria que acolhe, desde o final dos anos 1990, a querida figura de Paulo Sérgio Gusmão."

Na sequência, foi realizado o painel com o tema 'O Papel da Imprensa na Era Digital', com mediação do jornalista José Antônio Vieira da Cunha e participação do professor Antônio Hohlfeldt, do jornalista e pesquisador Eduardo Tessler e do presidente da Associação dos Diários do Interior (ADI) Eládio Vieira da Cunha. Durante o encontro, eles falaram sobre a importância do jornalismo nos dias atuais, a sua função social, mesmo com a evolução das novas mídias.

Eles também debateram a monetização dos portais de notícias e o momento do negócio dos jornais impressos. Tessler defendeu que o modelo de negócio mudou e disse que a venda de espaços por centímetro por coluna dos jornais impressos, que gerava muita receita, "foi substituída pela venda de milhares de clics que geram receitas bem menores".