Os jornais impressos registraram um aumento de 23,72% nos investimentos publicitários durante o primeiro trimestre de 2008. Segundo informações divulgadas pelo Projeto Inter-Meios, o resultado foi superior ao crescimento dos principais concorrentes, como a TV e a média geral, cravada em 15,48%. Os números ainda contrariam especialistas que decretam a futura morte dos impressos e a queda nos investimentos. A televisão mantém soberania (57,8%), embora tenha perdido participação no bolo publicitário durante o mês de março. No mesmo período do ano passado, o índice era de 58,9%. As revistas ficaram com 7,3% do mercado e o rádio com 4%.

O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Antonio Athayde, está otimista. Para ele, esse é um momento de recuperação, inclusive para mercados emergentes como Índia e China, em função do mau momento da economia norte-americana, que reflete na situação dos jornais. "No Brasil, já vínhamos assistindo a um aumento na circulação de jornais havia uns quatro anos. E, de tempos para cá, há um crescimento em termos de anúncio. Trata-se de uma recuperação de posição", disse ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo ele, independentemente da versão, online ou impressa, os jornais "nunca foram tão lidos" e as pessoas lêem cada vez mais.