São 58 páginas que reconstituem a Enchente de 1941, em Porto Alegre. A publicação é uma iniciativa independente do jornalista Vitor Minas, intitulada 'Águas de Maio - A grande enchente de 1941: O relato de um tempo extraordinário'. Em formato de revista, ele reúne notícias e depoimentos de comunicadores da época, unindo fotos, imagens e ilustrações. Vitor imprimiu a revista por conta e, agora, distribui seu trabalho em bancas e livrarias. "É um trabalho de formiguinha, mas quero divulgar este trabalho que considero tão importante para mim e para a cidade", afirmou ao Coletiva.net.
A tragédia ocorrida em plena Segunda Guerra Mundial foi considerada a maior calamidade natural que o Rio Grande do Sul, na época com 3 milhões de habitantes, já registrou. As chuvas deixaram mais de 25 mil quilômetros quadrados do Estado submersos e cerca de 80 mil flagelados, somente na Capital. O fato ocasionou falta de abrigo, alimento, energia, água potável e transporte público terrestre. Na época, os jornais Correio do Povo, Diário de Notícias, Folha da Tarde e outro de menor circulação tiveram suas oficinas inundadas e deixaram de circular durante o período da tragédia.
Há dois anos de volta a Porto Alegre, o jornalista atuou durante a maior parte da carreira na Bahia. Aos 50 anos, Vitor acumula passagens pelo jornal A Tarde, de Salvador, Correio da Bahia, A Gazeta, de Vitória; e, ainda, uma breve atuação no jornal Última Hora, no Rio de Janeiro.