Jornalistas rejeitam reajuste e avaliam levar negociação à Justiça

Categoria defendeu em reunião que os veículos podem garantir um piso único de R$ 1.750

Os jornalistas rejeitaram a proposta das entidades patronais, para um piso salarial de R$ 1.685 na Capital e de R$ 1.420 no Interior. A decisão foi tomada em reunião no início da tarde desta quinta-feira, 4, na sede do sindicato da categoria. Os participantes entenderam que os valores oferecidos estão muito abaixo das responsabilidades e da atuação dos profissionais gaúchos. A maioria dos presentes entendeu que os veículos têm capacidade financeira para garantir um piso único de R$ 1.750. "Existem pesquisas que colocam a categoria entre as que tiveram maior perda salarial ao longo dos anos. Aquele jornalista gaúcho de excelência e prestígio em todo País está ficando para história. Estão massacrando e explorando os profissionais e isso é o que não queremos", afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJors), José Nunes, ao Coletiva.net.
O dirigente explicou que os próximos passos, agora, envolvem comunicar a decisão aos sindicatos patronais e aguardar a manifestação desses. "Na última reunião que tivemos, eles deixaram claro que aquela era a última proposta. Vamos ver se retomam a negociação", contou. A judicialização do acordo coletivo, segundo Nunes, é uma possibilidade de ação, por isso, o conteúdo da reunião passará por análise do Departamento Jurídico da entidade. "A Justiça iria interferir na negociação. Isso pode representar ganhos ou perdas, mas acredito que a ela compreenderia a categoria. Todo ano, o salário mínimo tem aumento real. Por que os jornalistas não?", questionou Nunes.
Com a palavra de ordem 'O trabalho do Jornalista Vale Mais', a entidade inicia uma mobilização junto à sociedade, com o objetivo de dar visibilidade à situação enfrentada. Na reunião, o restrito espaço na imprensa para informações relacionadas à categoria também foi objeto de discussão. Nunes lembrou que ao contrário do que acontece com profissionais como bancários, as informações sobre os jornalistas não ganham a mídia. "Chamamos os jornalistas para iniciar um movimento nas redes sociais, mostrando a insatisfação através de depoimentos. Queremos que não seja uma mobilização do sindicato, mas da categoria como um todo", esclareceu.

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