Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 386/09), que restabelece a exigência do diploma de Jornalismo, significa que os deputados estão atentos ao seu dever. "Ao contrário do que diz a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), esta decisão é um reconhecimento ao trabalho dos jornalistas e não um retrocesso", disse o presidente do Sindicato, José Nunes, a Coletiva.net. Na visão dele, retrocesso é uma entidade manifestar que alguém sem qualificação específica pode exercer a profissão.
A PEC foi aprovada na última quarta-feira, 14, pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O projeto segue para o plenário, onde deverá passar por dois turnos de votação. Conforme explicou Nunes, se as propostas que estão tramitando, tanto na Câmara quanto no Senado, forem aprovadas, a decisão vai para a Constituição, sem necessidade de votação no outro órgão.
As duas PECs devem ser votadas na volta do recesso parlamentar, em agosto. Enquanto isso, Nunes faz um apelo aos profissionais e estudantes de Jornalismo para que se manifestem a favor da volta do diploma. Além disso, pede que a população como um todo se engaje na luta. "A mídia não tem repercutido o assunto, pois não é de interesse dos donos de jornais que a sociedade se manifeste", disse, ressaltando que a atitude vai refletir na precarização da mão de obra oferecida.
Nunes informou que os sindicatos estão se organizando para estarem presentes nas votações das propostas. A volta da exigência do diploma também será tema do 34º Congresso Nacional de Jornalistas, que acontece em agosto, em Porto Alegre.
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