Passa de 130 o número de agressões a jornalistas em manifestações

Abraji lamenta agressões e detenções de jornalistas durante protesto em SP

Chega a 133 o número de agressões a jornalistas durante manifestações, registradas no período de 13 de junho do ano passado a 22 de fevereiro. São Paulo mostra-se a cidade mais violenta para repórteres em cobertura de protestos. Do total dos casos de violência contra a imprensa, 63 ocorreram na capital paulista, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Somente no sábado, 22, 14 jornalistas que faziam a cobertura do manifestação contra a Copa do Mundo em São Paulo foram agredidos ou detidos pela Polícia Militar. Pelo menos cinco deles sofreram violações mesmo estando identificados como profissionais da imprensa. Sérgio Roxo (O Globo), Reynaldo Turollo (Folha de S.Paulo), Paulo Toledo Piza (G1), Bárbara Ferreira Santos (Estadão), Fábio Leite (Estadão), Victor Moriyama (freelancer) e Felipe Larozza (Vice) foram detidos temporariamente, por períodos que variaram de alguns minutos a cerca de três horas. Roxo, Bárbara e Moriyama também sofreram agressões.
Evelson de Freitas (Estadão), Amanda Previdelli (Brasil Post), Mauro Donato (Diário do Centro do Mundo), Tarek Mahammed (Rede de Fotógrafos Ativistas), Alexandre Capozzoli (Grupo de Apoio Popular) e Alice Martins (Vice) foram agredidos com cassetetes, golpes de escudo ou chutes. Bruno Santos (Terra) sofreu uma torção no tornozelo e foi atingido por golpes de cassetete enquanto tentava escapar de uma confusão em meio ao protesto.
A Abraji lamentou a detenção e agressão de profissionais que trabalhavam durante a manifestação. "Tentar impedir o trabalho da imprensa é atentar contra o direito da sociedade à informação e, em última análise, à democracia", afirmou a entidade.
O levantamento completo sobre os casos de violência pode ser baixado aqui.

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