Política e censura abriram os debates no Congresso de Jornalistas

Discussão foi mediada pela ex-presidente da Fenaj Beth Costa

Terminou há pouco o primeiro painel do 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que teve abertura oficial noite desta quarta-feira, 17. Sob o título 'O Jornalismo como necessidade social e a Conjuntura Nacional', e atraso de uma hora - o início estava previsto para as 9h -, os painelistas foram Elmar Bones, editor do Jornal Já; o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo, e o vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Gustavo Granero. A discussão teve como mediadora a ex-presidente da Fenaj Beth Costa. Nildo Ouriques, do Departamento de Economia da Universdade Federal de Santa Catarina (UFSC), que estava relacionado como painelista, não compareceu. O encontro acontece até sábado, 21, no Centro de Evento do Hotel Plaza São Rafael.
Murilo deu início à discussão afirmando que a imprensa na América Latina vive uma conjuntura bastante rica e com ampla repercussão. Por outro lado, por ser um ano de eleição ele acredita que a mídia não tem condições de responder à demanda que a política exige. "Nem sempre o Jornalismo consegue cobrir eleições de forma isenta. É nossa obrigação, enquanto profissionais, de oferecer um Jornalismo, de fato, comprometido com a sociedade", afirmou o presidente da Fenaj.
Para Elmar Bones, há pouco exercício de democracia na própria mídia. O diretor da Já Editores relatou algumas situações de censura pelas quais passou nos últimos tempos para exemplificar a sua opinião e afirmou: "As empresas de comunicação, hoje em dia, vivem ditaduras piores do que a vivida pelo país na década de 1960". Para ele, os jornalistas precisam ir além da crítica. "Já provamos que temos conhecimento e poder de decisões próprias. Podemos ir além do que os superiores mandam", disse. Já Granero explanou sobre alguns problemas que a relação do Jornalismo com a Política enfrenta pelo mundo. Segundo ele, "tudo que acontece no Brasil não é diferente no resto da América Latina".
O primeiro painel contou com a presença de cerca de 200 pessoas. O debate previsto para acontecer após as intervenções dos convidados foi adiado para o final da manhã, após a Miniconferência dos jornalistas Juremir Machado, do Correio do Povo, e Roberto Castro, do Peru. Os profissionais discorrem sobre  sobre 'A política e os conflitos sociais na América Latina', neste momento.
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