Em reunião nesta quinta-feira, 3, pela negociação coletiva dos jornalistas, os sindicatos das Empresas de Rádio e Televisão (SindiRádio) e dos Proprietários de Jornais e Revistas do Rio Grande do Sul (Sindijori) apresentaram proposta em que rejeitam a maior parte das reivindicações da categoria. Conforme o Sindicato dos Jornalistas do Estado (SindJors), da lista de itens proposta, apenas um foi acatado pelas entidades patronais: a unificação do valor pago pelo auxílio-creche para Porto Alegre e Interior do Estado, que terá reposição da inflação sobre os atuais R$ 190.
Quanto ao piso salarial, em que os jornalistas propunham a unificação entre a remuneração mínima, foi sugerido reajuste real de 1% para profissionais do Interior. Para aqueles que trabalham em Porto Alegre, a proposta é de reposição da inflação. Seguindo estes cálculos, os pisos subiriam para R$ 1.540 (Interior) e R$ 1.808,00 (Capital) e a diferença entre os vencimentos cairia de 18,3% para 17,4%. "Esta proposta não dialoga com as principais reivindicações da categoria. Não é justo penalizarem os trabalhadores da Capital com a justificativa de reduzir a diferença entre profissionais", afirma Milton Simas, presidente do SindJors.
Os demais itens da pauta foram negados, inclusive o benefício de Participação nos Lucros e Resultados (PPR/PLR). Tanto neste quesito como em outros abordados na reunião, o argumento foi de que há empresas que já cumprem com as reivindicações feitas pela categoria, a exemplo do vale-refeição, cesta básica e transporte noturno. Os sindicatos patronais ainda propuseram a criação de comissões paritárias para debater ao longo do próximo semestre a obrigatoriedade do pagamento de vale-refeição e cesta básica.
As propostas recebidas na reunião de hoje e os próximos passos da negociação serão debatidos pela categoria em assembleia neste sábado, 5, às 14h, na sede da entidade.