Repórteres Sem Fronteiras registra aumento da violência contra jornalistas

Neste ano, foram executados 80 profissionais de imprensa pelo mundo

Relatório é elaborado desde 1995

Em balanço realizado e publicado pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), foi constatado um aumento da violência contra os jornalistas em todo o mundo. Segundo o estudo, 80 profissionais de imprensa foram assassinados apenas neste ano, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Ainda, 348 jornalistas estão presos e 60 são reféns. A RSF produz este levantamento desde 1995.

Os números levam em conta jornalistas profissionais ou não, e, também, colaboradores de veículos de imprensa. Se considerar apenas os profissionais, os assassinatos aumentaram cerca de 15% (66 contra 55 em 2017). Neste ano, mais da metade dessas execuções ocorreram de forma intencional, a exemplo de casos como os do jornalista saudita Jamal Khashoggi e do eslovaco Jan Kuciak.

Em 2018, o Afeganistão é o líder em execuções de profissionais da imprensa, registrando 15 mortes. Em segundo lugar vem a Síria, com 11 assassinatos, enquanto o México aparece na terceira posição, com nove mortes de jornalistas. Secretário-geral da RSF, Christophe Deloire relata que "a violência contra jornalistas atingiu um nível inédito no corrente ano. Todas as luzes estão vermelhas". Ele completa citando que "o ódio contra os jornalistas proferido pelos líderes políticos, religiosos ou por empresários inescrupulosos tem consequências dramáticas e se traduz por uma alta inquietante de violações em relação a jornalistas".

O relatório completo pode ser acessado na página oficial do balanço.

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