RSF registra assassinatos, prisões e agressões a jornalistas

Repórteres Sem Fronteiras divulgou o levantamento feito com dados baseados nos relatos que chegam à organização

Um levantamento feito pela organização Repórteres Sem Fronteiras aponta que 60 jornalistas foram assassinados em 2008. Os números são bem menores em relação a 2007, que registrou 86 assassinatos. A maior parte das mortes ocorre em regiões de conflitos armados, violência político-mafiosa e terrorismo, como no Iraque, Paquistão, Filipinas e México. 


A RSF alega que, pela primeira vez, um homem foi morto por realizar o trabalho de "jornalismo cidadão". O empresário chinês Wei Wenhua foi espancado até a morte após ter filmado brigas com manifestantes na cidade de Tianmen, província de Hubei. O levantamento ainda contabiliza 673 jornalistas presos e 929 agredidos ou ameaçados.


Além disso, as críticas publicadas em blogs motivaram a prisão de jornalistas e blogueiros. Na China, um deles foi morto, dez foram presos, 45 foram agredidos ou ameaçados, três foram condenados pela justiça, 59 foram detidos e 1.740 sites de informação chegaram ao fim ou foram suspensos. A censura apresentou redução; desta vez, 353 meios de comunicação foram censurados, contra 528 em 2007.


A RSF informa que os dados são baseados nos relatos que chegam à organização, excluindo os casos mantidos em segredo pelas vítimas, muitas vezes por motivos de segurança.

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