Seminário comemora 30 meses do GDI da RBS
Chega a 76 o número de investigações do grupo de trabalho
Por Ilana Xavier, para Coletiva.net
Um seminário para convidados comemorou os 30 meses de atuação do Grupo de Investigação (GDI) da RBS, nesta quinta-feira, 18. O trabalho reúne 12 profissionais, sendo 11 repórteres, especializados em apurações complexas, e tem como finalidade trazer ao público o que é de seu interesse. Tendo como missão a revelação de informações ocultas, a denúncia de corrupção e corruptores, e a compra das brigas da sociedade gaúcha, o Grupo RBS, através do GDI, chegou a 76 investigações até agora. O evento aconteceu na sede da RBS TV (Rua Rádio e Tv Gaúcha, 189) e reuniu autoridades políticas e de segurança do Rio Grande do Sul.
O jornalista e apresentador Elói Zorzetto iniciou o encontro falando sobre os impactos causados desde a fundação do GDI. "A repercussão é social, política e econômica. A proposta soma competência e talento no compromisso de noticiar o que é de interesse público. Temos compromisso com a verdade", explanou. Na mesma linha, o CEO do grupo de mídia, Claudio Toigo Filho, abordou a relevância da proposta jornalística na vida do público. "O GDI é uma instituição do Jornalismo que quer uma sociedade melhor. Ele representa fielmente o desejo da RBS", apontou.
Na sequência, a coordenadora da equipe, Dione Kuhn, apresentou alguns dos resultados obtidos desde o lançamento do GDI, em dezembro de 2016, destacando a primeira pauta de relevância nacional. "Um dos primeiros produtos do grupo foi a reportagem do Giovani Grizotti, aquela do furto de celulares no Centro Histórico, que foi parar no Fantástico", relembrou. Em entrevista ao Coletiva.net, Dione falou sobre o grupo de trabalho ter papel fundamental como antídoto para as fake news na Política. "No ano passado, atuamos na eleição estadual. Entendemos que os candidatos não podem simplesmente encher o discurso de números e ficar por isso mesmo. É preciso mostrarmos o que é verdade e o que não é", disse.
Ela também manifestou a vontade de que o trabalho seja maior. "Espero que, num futuro próximo, a gente consiga ampliar essa curadoria, porque acho que é muito válido", afirmou. A jornalista, questionada sobre as denúncias que chegam através dos canais de Comunicação, reforçou o compromisso com a filtragem das informações. "Gostaríamos de conseguir investigar tudo, mas não há condições. Por isso, temos um processo que nos mostra o que tem indícios mais palpáveis para que seja levado adiante", esclareceu. Na oportunidade, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior ressaltou a importância da liberdade de imprensa para que o trabalho do GDI ocorra da melhor forma: "Não se faz Jornalismo sem que a imprensa seja livre. O GDI é um resultado dessa liberdade", afirmou.
Prestigiaram o evento a secretária de Comunicação do governo do Estado, Tânia Moreira; a chefe de Polícia da Polícia Civil, Nadine Anflor; o procurador geral do Ministério Público, Fabiano Dallazen; o desembargador-chefe da Comunicação do Tribunal de Justiça, Túlio Martins; e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Cezar Miola.