Duas décadas e meia após o final do regime militar, a série de reportagens Os Infiltrados, de Zero Hora, que começa neste domingo, 30, e se estende até quarta-feira, 3, mostrará que o mistério e a dúvida sempre moveram os passos e as ações dos espiões. Convocados a conviver ao lado de adversários, eles montaram casa, inventaram uma vida que não era deles e correram riscos para fazer informes que consideravam fundamentais para que policiais e combatentes do regime conseguissem alcançar seus objetivos.
Os repórteres Carlos Etchichury, Carlos Wagner, Humberto Trezzi e Nilson Mariano dão voz e rosto a homens e mulheres que fizeram a história sem aparecer. Ex-policiais, ex-funcionários de estatais e agricultores mostram documentos da época e contam como se transformaram em pessoas confiáveis para frequentar passeatas de estudantes, assembleias de sindicatos, reuniões de exilados e, no lado inverso, reuniões da Brigada Militar.
A primeira reportagem revela que a estratégia da infiltração era empregada pelos dois lados, como comprovam as entrevistas de policiais militares e de colonos sem-terra que faziam questão de se misturar no conturbado acampamento de Encruzilhada Natalino no final da década de 70 e início da década de 80. Tudo para cumprir a missão de informar seus superiores, antecipar uma ofensiva dos adversários e evitar uma surpresa que poderia ser fatal. Os Infiltrados terá o ritmo de um romance policial.
A série também está disponível no site especial www.zerohora.com/osinfiltrados, que reúne vídeos e áudios, fotos, gráficos explicativos e mostra ainda as interconexões dos personagens abordados na reportagem.