Pautado pelo tema Direito Digital na Prática, o consultor e advogado Leonardo Zanatta brincou ao falar que é procurado somente quando surgem problemas com publicações indevidas na web. Ao esclarecer o que é o direito digital, ele disse que é o mesmo direito que temos, no entanto, em meio eletrônico.

Ao iniciar o painel, Zanatta citou os influenciadores e microinfluenciadores e contou que estes profissionais não costumam pensar no alcance e nas consequências de suas postagens. Para exemplificar, citou o caso em que um profissional do meio foi punido por indicar um tratamento estético e foi responsabilizado pelo mau uso da mercadoria por parte de um cliente. Como consultor, recomendou para estes casos uma blindagem digital, ou seja, rever a política de privacidade sempre. E destacou que só existem três grupos preocupados com essa questão: empresários, políticos e adúlteros.

Ao relacionar a insegurança virtual, disse que a maioria dos sites "reviram nosso lixo eletrônico", tendo à disposição aplicativos nos quais as pessoas compartilham informações. Também lembrou do vazamento de informações e a polêmica envolvendo a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao tratar do assunto, o Facebook foi a rede social mais citada, por estar envolvida em escândalos sobre a divulgação indevida de dados dos seus usuários.

Sobre os termos legais das fake news, segundo ele, o ato de compartilhar notícias falsas não é crime, pois não existe um termo na legislação para isso. No entanto, existem projetos para punir o ato, mas, na sua opinião, "é muito vago e incompleto, pois não possui respaldo técnico".  Ao dar dicas para evitar notícias falsas, disse que links devem ser checados e enfatizou que grupos de família são os que mais compartilham esse tipo de conteúdo. Ao finalizar, Zanatte falou sobre a gestão de crise e disse que as empresas não devem deixar o cliente sem respostas e sempre registar tudo o que é tratado.