Oi é multada por excesso de reclamações

Operadora de telefonia foi penalizada em R$ 621 mil pelo Procon Porto Alegre

A operadora Oi foi multada em R$ 621.133,20 pelo Procon Porto Alegre,  devido ao excessivo número de reclamações registradas órgão de proteção ao consumidor. Em janeiro e fevereiro, as queixas sobre a operadora superaram os 30% do total de atendimentos do órgão no período, segundo revela o diretor-executivo do Procon Porto Alegre, Cauê Vieira. Embora a empresa tenha se comprometido a solucionar problemas em diversas oportunidades, não houve redução no volume de reclamações. "Hoje, esse cômputo ainda está elevado, ficando em cerca de 28%", acrescenta Vieira.
A multa foi aplicada em decorrência do dano coletivo gerado pela Oi aos porto-alegrenses. "A punição tem por objetivo tentar reparar o dano causado à sociedade em geral pela não prestação de serviço por parte da operadora Oi e pela dificuldade experimentada pelos consumidores na tentativa de resolver seus problemas até a abertura do processo administrativo no Procon", ressalta Vieira. Outro motivo para a aplicação da penalidade foi a falta de suporte técnico necessário para a reparação de linhas telefônicas na Capital.
Além da multa, foi estipulada a veiculação obrigatória de contrapropaganda para esclarecer aos clientes as obrigações assumidas pela Oi para reduzir o número de demandas junto ao órgão de defesa do consumidor. A contrapropaganda deve ser veiculada em dois jornais de grande circulação, durante três dias seguidos, por meio de um anúncio de meia página que destacará os compromissos que a Oi assumiu perante o Procon: melhoria do atendimento nas lojas, redução no tempo de reparo técnico, canal de relacionamento especializado para o Procon Porto Alegre na loja da rua dos Andradas, 1432.
A operadora já tinha sido advertida, no início de fevereiro, a melhorar a qualidade dos serviços prestados pela companhia em Porto Alegre e, consequentemente, reduzir as queixas sobre a operadora no Procon Municipal. Em 2 de março deste ano, foi instaurado processo administrativo para apurar possíveis falhas na prestação de serviços da operadora de telefonia na Capital. A motivação da ação movida pelo Procon foi o aumento no número de reclamações da companhia, que passou de 23% do total de queixas sobre telefonia registrados nos meses de novembro e dezembro de 2014 para cerca de 30% computadas entre janeiro e fevereiro de 2015.

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