Pesquisa revela que consumo de cocaína e crack supera o de inalantes

Estudo é realizado com jovens que participam do programa Cidadania e Talento.com, do CIEE

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Prevenção e Pesquisa em Álcool e Outras Dependências (Ippad) em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS) divulgou que o consumo de cocaína e crack entre os jovens de 16 a 18 anos é superior ao uso de inalantes. A investigação, que foi iniciada em julho de 2010 com um total de 300 adolescentes, deverá ser concluído no próximo ano.
Os resultados parciais com 64 estudantes estão de acordo com os estudos epidemiológicos para a Região Sul, mas mostram que há um aumento do consumo de cocaína e crack entre os adolescentes. As bebidas alcoólicas e os produtos de tabaco lideram o consumo, seguidos de maconha, cocaína e crack, inalantes, anfetaminas, alucinógenos, hipnótico e opióides.
O estudo, cujo resultado parcial já foi apresentado em congressos internacionais, como o VII Congresso Iberoamericano de Psicologia, na Espanha, em 2010, é realizado com jovens que participam do programa Cidadania e Talento.com, do CIEE, inserido no projeto 'Eu me Cuido', desenvolvido pelo Ippad. De acordo com a diretoria do Ippad, Gilda Pulcherio, a pesquisa foi realizada com adolescentes de ambos os sexos, com idade superior a 15 anos, que participam do projeto de prevenção às drogas.
Responderam aos questionários 75% de meninas e 25% de meninos. Da amostra total, 11,1% são casados e 14,3% têm ensino médio completo. A idade média é de 17,22 anos. Consumiram álcool e tabaco, na vida, 85,7%, e 14,3% consumiram drogas ilícitas. Para 6,3% dos adolescentes, o consumo de álcool resultou em "problema de saúde, social, legal ou financeiro" nos últimos três meses. A metade daqueles detidos pela polícia estava sob efeito de substâncias psicoativas.
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