Procon Porto Alegre adverte para golpe via fax

Órgão de defesa do consumidor orienta empresários a redobrarem os cuidados na hora de fornecerem os dados cadastrais de empresas

O Procon Porto Alegre alerta que dezenas de pessoas tem recorrido ao órgão para registrar queixa contra a ação de várias empresas que, simulando uma atualização cadastral da lista telefônica, solicitam às vítimas a assinatura e o carimbo de um fax de confirmação de dados. O documento enviado por fax corresponde, na verdade, a um contrato de publicidade em sites.
O órgão de defesa do consumidor orienta os empresários a redobrarem os cuidados na hora de fornecer os dados cadastrais da empresa, principalmente por fax. Nesta semana, nem mesmo o Hospital de Pronto Socorro (HPS) escapou da ação destes golpistas. A administração do HPS recebeu um fax de uma empresa paulista de anúncios da Internet. Uma servidora da administração reenviou o fax recebido com os dados do Hospital. A fraude foi constatada quando a administração tomou ciência que o HPS estava comprometido com o pagamento de R$ 2.400 com uma suposta lista de classificados.
Os golpistas agem fazendo uma ligação telefônica à empresa solicitando dados para a atualização em lista telefônica. Após o primeiro contato, o golpista envia à vítima um fax para a confirmação de dados e solicita o nome do responsável e o número do CNPJ da empresa. Após solicitarem os dados do estabelecimento comercial, como nome, endereço e CNPJ, enviam um fax, requerendo a assinatura e a devolução do documento. Passados de 20 a 30 dias, o empresário recebe um boleto de cobrança bancária, referente a um contrato de prestação de serviços, informando que a fatura configura, na verdade, um serviço de publicidade em sites.
"Muitos assinam e retornam o fax sem ler o seu conteúdo, mas existem também os casos em que as pessoas questionam as cláusulas referentes ao pagamento, mas são ludibriadas com a informação de que não passam de meras formalidades e que as cobranças viriam inclusas e diluídas na conta telefônica", observa o diretor executivo do Procon Porto Porto Alegre. "Desta forma, a empresa que não contratou serviço nenhum e nem quer seu nome neste tipo de site está sujeita a uma ação de cobrança", destaca Ferri Júnior.

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