Seminário defende compartilhamento de responsabilidades

Fórum de Concertação Ambiental foi aberto pelo prefeito José Fortunati

O Fórum de Concertação Ambiental, que foi realizado nesta quinta-feira, 11, teve a participação do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que saudou a iniciativa de reunir técnicos e estudiosos da gestão de resíduos da construção civil. Ele disse que a limpeza pública é uma das questões mais importantes da cidade, mas pouco compreendida pela população. O prefeito solicitou também que as pessoas façam a coleta seletiva do lixo, que já existe em 82 bairros de Porto Alegre, e que cuidem da cidade "que é de todos".
"As experiências apresentadas no Seminário Gestão de Resíduos da Construção Civil ajudarão a solucionar essa questão em Porto Alegre." A avaliação foi feita por Berfran Rosado, presidente do Instituo Biosenso, realizador do evento junto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. "Os resíduos da construção civil tendem a se ampliar e isso acarreta uma pressão sobre os recursos naturais e o ambiente. Precisamos produzir e gerar emprego e renda de forma sustentável". O secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, salientou que os problemas são muito semelhantes em Porto Alegre e outras cidades em processo construtivo intenso, especialmente com obras para a realização da Copa do Mundo de 2014. A ideia é, a partir da diminuição do passivo ambiental dessas obras, criar uma nova atividade econômica que gere emprego, renda e desenvolvimento.
Já o primeiro promotor de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Saltz, defendeu que a atividade econômica não pode ser feita às custas da degradação ambiental. Disse ainda que Porto Alegre já está chegando ao seu limite da cota de construção por não ter lugar adequado para fazer o descarte destes resíduos. O diretor da Divisão de Destino Final do DMLU, Arceu Bandeira Rodrigues, falou sobre a gravidade do problema da falta de consciência da população na destinação dos detritos de obras de construção, as chamadas obras domésticas. Segundo ele, o município gasta R$ 900 mil por mês com uma equipe de 250 pessoas para limpar o lixo descartado em lugares impróprios. Este trabalho é feito em 10 mil ruas de Porto Alegre totalizando 1.800 quilômetros. "Esta verba poderia estar sendo destinada à saúde, à educação dos porto-alegrenses se houvesse educação e consciência ambientais", afirmou.
Participaram ainda, como debatedores, a Associação dos Transportadores de Caçambas Estacionárias de Porto Alegre, o Sinduscon, a Abaco Central de Resíduos e a Pedraccon - Mineração e pavimentação. No encerramento, o secretário Zachia considerou importante que seja feita uma campanha de educação ambiental principalmente para os pequenos geradores destes resíduos.

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