Correspondente do Estadão conversa com alunos sobre experiências profissionais

Bate-papo com jornalista Jamil Chade ocorrerá no auditório da Famecos na próxima semana,

O jornalista Jamil Chade, correspondente do Estadão na Europa, estará em Porto Alegre para conversar com acadêmicos sobre suas experiências profissionais. O encontro será realizado no auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos), localizado no Prédio 7 da PUC, a partir das 19h30 da próxima segunda-feira, 14. Organizada pela Famecos e pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a atividade é destinada aos universitários da área e aberta à comunidade em geral.

Na ocasião, Jamil Chade também lançará a obra 'O Caminho de Abraão', que marca sua estreia na ficção. O livro retrata o percurso de Hagar, uma francesa filha de imigrantes argelinos que supera todas as barreiras de sua periferia de Marselha para estudar nas melhores universidades do país. Contratada por uma multinacional, ela é enviada para coordenar investimentos milionários de uma fábrica na Síria, antes da guerra, mas o confronto iniciado em 2011 leva a mulher a cumprir ordens criminosas de sua direção em Paris.

Para Chade, a mensagem do livro vai além de uma história pessoal de fuga. "Trata-se de um grito desesperado contra o populismo, demagogia e a xenofobia. Contra líderes de todos os lados que, em nome do suposto bem de uma comunidade, defendem injustiças abomináveis contra outros seres humanos", relata. Ele explica que o livro é um apelo para que as pessoas "passem a ver o mundo em sua complexidade e o impacto profundo da desigualdade e da perda de direitos fundamentais, 70 anos depois da Declaração Universal dos Direitos Humanos".

Com viagens a mais de 70 países, Jamil Chade é correspondente na Europa há quase 20 anos. Foi eleito um dos 40 jornalistas mais admirados do Brasil e melhor correspondente brasileiro no exterior em duas ocasiões.  Seu trabalho é realizado em um escritório na sede das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. Nos últimos 10 anos, Chade publicou cinco livros no Brasil e nos Estados Unidos, dos quais dois foram finalistas do Prêmio Jabuti. Na Suíça, também recebeu o prêmio Nicolas Bouvier por sua obra sobre a fome.

 

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