Documentário de Zeca Brito terá sessão comentada no Instituto Goethe

Longa-metragem 'Grupo de Bagé' será exibido nesta quarta-feira, em Porto Alegre

Leo Lage

O longa-metragem 'Grupo de Bagé', do cineasta Zeca Brito será exibido no Instituto Goethe (R. 24 de Outubro, 112), em Porto Alegre, nesta quarta-feira, 15, às 19h. A sessão única será seguida de debate com o diretor, o jornalista Francisco Dalcol e o historiador Paulo Gomes, com mediação da pesquisadora Maria Amélia Bulhões. Com entrada gratuita, haverá distribuição de senhas a partir das 18h no local.

O documentário narra a história e o legado do Grupo de Bagé, um movimento artístico do Rio Grande do Sul que surgiu nos anos 1940, protagonizado pelos pintores e gravadores Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves, Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti. A obra é uma realização da Anti Filmes e da Boulevard Filmes. O diretor assina o roteiro junto com Gladimir Aguzzi e a produção com Letícia Friedrich, Frederico Ruas e Lourenço Sant'Anna. "A ideia de fazer um filme sobre o movimento artístico é algo que me acompanha há muito tempo. Um filme sobre esses heróis é uma maneira de agradecer pelo caminho que eles abriram para muitos artistas", acredita Zeca Brito, nascido em Bagé. Para o cineasta, o Grupo de Bagé fez com que a gravura se tornasse uma maneira de popularizar a arte, com temáticas realistas e de denúncia social.

A produção conta com depoimentos de teóricos como Néstor García Canclini e Nicolas Bourriaud, e de artistas plásticos, entre eles Anico Herskovits e Cildo Meireles. O diretor explica que a equipe partiu de uma recuperação biográfica e histórica do Grupo de Bagé, bem como a contextualização artística, cultural e política da região em que viviam à época. "Buscamos recuperar e compreender os elementos que estabeleceram as condições para que os jovens artistas alcançassem uma identidade estética própria e, cada um a sua maneira, conduzissem os ideais e as características artísticas e políticas do grupo que criaram", declara Brito.

Radicado em Porto Alegre, Brito roteirizou e dirigiu os curtas-metragens 'Aos pés' e 'O sabiá'. Em 2011, estreou em longas com o drama 'O Guri' e, em 2015, lançou o documentário 'Glauco do Brasil'. Dirigiu, ainda, 'A vida extra-ordinária de Tarso de Castro' e 'Em 97 era assim', lançados neste ano. foi diretor do drama histórico 'Legalidade', que está em pós-produção, com previsão de lançamento para 2019. Além disso, é idealizador e diretor do Festival Cinema da Fronteira de Bagé, que chega à sua 10ª edição neste ano.

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