A fundadora da Tail - plataforma de dados comportamentais para segmentação de audiência -, Fabiane Bizinella, conversou com publishers de cinco grupos de comunicação na manhã desta terça-feira, 12. No encontro promovido pela Alright, a profissional falou sobre as funções da empresa fundada em 2012 e alertou: "É fácil manipular as informações". Segundo ela, é perigoso trabalhar com dados sem embasamento estatístico, pois "pode-se tomar conclusões precipitadas".
Para um público de seis pessoas, Fabiane, que é formada em Ciência da Computação, informou que a Tail possui mais de 440 milhões de cookies na sua base na América Latina. Sobre números, ela destacou, ainda, que 0,5% dos dados produzidos em todo o mundo é analisado. "É um índice muito baixo perto do que se pode fazer", lamentou.
Ela também aconselhou os presentes a conhecerem seus públicos, para, então, programarem as informações que são de interesse do leitor. "Quando se entende quem consome nosso conteúdo, é muito mais fácil entregar o que ele quer consumir." A série norte-americana House of Cards, conforme Fabiane, foi criada com base em algoritmos. "Netflix pesquisou assuntos de interesse do público."
Inteligência artificial também estava na pauta. "Isso evoluiu absurdamente", falou, ao mencionar, como exemplo, a identificação de imagem e o reconhecimento de voz. Ao final, listou algumas ferramentas que auxiliam na monetização dos dados. São elas: audience Target (Ad server), audience transfer, lookalik e data marketplace. "Elas ajudam a identificar o que o leitor está buscando no site e direcionam publicidade específica para grupos determinados", explicou.
Além dos sócios da Alright, Domingos Secco e Luciano Terres, participaram do encontro integrantes da rádio Independente, de Lajeado; da rádio Progresso, de Ijuí; do portal Agrolink, de Porto Alegre; do Grupo Oceano, de Rio Grande; e a editora de Coletiva.net, Gabriela Boesel.